Autor: Ignacio Aguaded Tradução: Vanessa Matos
https://doi.org/10.3916/escuela-de-autores-164
Hoje, o universo da Internet marca todas as diretrizes e etapas da informação cientÃfica. Desde o acesso à informação, seu processamento até a divulgação final: todas as etapas estão baseadas nos canais digitais.
Nesse sentido, no campo especÃfico da divulgação cientÃfica, atualmente o processo não se esgota com a publicação das obras, mas é a partir desse momento que começam duas outras fases fundamentais: a divulgação e, consequentemente, o impacto. As bibliotecas tradicionais têm dado lugar a novos canais, antes impensáveis, de divulgação e conhecimento dos resultados da investigação cientÃfica: redes sociais comuns, redes sociais cientÃficas (concebidas especificamente para este fim e de uso exclusivo para comunidades de pesquisa), canais audiovisuais (como YouTube, Vimeo e outros), repositórios institucionais, bibliotecas seletivas de jornais … Em suma, um amplo leque de possibilidades para as obras se moverem e se tornarem visÃveis para além de qualquer fronteira fÃsica.
Neste artigo especÃfico, queremos revisar três espaços-chave para a vida de todo pesquisador cientÃfico com uma aspiração de impacto internacional.
Publons (https://publons.com/about/home/) é o portal oficial da Web of Science (WoS), a maior referência no campo cientÃfico por conter o Journal Citation Reports (JCR), artigos de revistas indexadas de maior prestÃgio no mundo. Ele contém outros bancos de dados, como A&H (Arts & Humanities), ESCI e bancos de dados regionais, como Scielo.
Publons permite que os pesquisadores tenham um espaço visÃvel e internacionalmente reconhecido onde os artigos indexados estão hospedados. O portal também calcula o H-Index das publicações indexadas, bem como o número de citações globais e de cada obra especÃfica, oferecendo informações públicas extremamente valiosas e auditáveis ​​para avaliar o currÃculo e a trajetória de um pesquisador. Além disso, Publons também incorpora uma seção original com as revisões cientÃficas feitas pelo pesquisador nas diferentes revistas indexadas que foram registradas na plataforma. Este é um espaço essencial porque a revisão acadêmica está adquirindo considerável valor, tanto para o revisor quanto para as publicações cientÃficas. Trata-se, portanto, de uma ferramenta que oportuniza a visibilidade e valorização dessas ações acadêmicas.
Outro portal estratégico para a visibilidade dos resultados da pesquisa é o Scopus, que gera automaticamente um espaço pessoal para todos aqueles que publicaram em alguma das quase 40.000 revistas que estão alojadas nesta base de dados. Seu número de publicações, suas citações, seu Ãndice H, até mesmo gráficos que ilustram a progressão da produção e seu impacto, são coletados em um histograma. Assim como Publons, para pesquisadores que direcionam sua produção cientÃfica para periódicos de alta projeção internacional – felizmente cada vez mais – este site, de acesso gratuito através do Scopus Preview (https://bit.ly/30IQhas), é um espaço privilegiado para ter, num espaço externo, um currÃculo auditável e uma imagem da progressão do pesquisador.
O terceiro lugar, Google, tem despontado como repositório de informações e literatura cientÃfica mais importante do mundo e também tem uma opção de espaço pessoal para usuários do Gmail que se cadastraram. No Google Scholar Metrics (https://bit.ly/3xUS7QJ), os pesquisadores podem ter um repositório completo de sua produção ativa (não só de artigos, mas também de livros, capÃtulos, comunicações e outros suportes de literatura acadêmica), com informações das citações de suas contribuições e de seus coautores. Especialmente significativo é o quadro resumo com o total de citações, dos últimos cinco anos, com seus respectivos H-index e H-5-index, além do Ãndice i10 (trabalhos com mais de 10 citações) e um histograma completo da vida acadêmica do pesquisador.
Em suma, essas três ferramentas geram importante visibilidade da produção cientÃfica, sendo fundamentais para conhecer o currÃculo, tanto em termos de volume e impacto na comunidade (medido em citações), quanto na progressão de ciclos de vida acadêmico do investigador.