Autora: Águeda Delgado-Ponce – Tradução: Lilian Ribeiro
A sociedade atual, como consequência da expansão tecnológica, tornou-se uma sociedade eminentemente visual. E dentro dessa comunicação visual, se destaca sobre o verbal o uso de imagens de todos tipos.
No entanto, e embora tabelas e figuras esclareçam e ajudem a entender noções complexas, o texto escrito é a espinha dorsal das informações e, em artigos científicos, esse ainda é o principal código de comunicação. Portanto, o texto, em nenhum caso, deve estar sujeito aos elementos visuais.
Da mesma forma, a profusão de tabelas e figuras não garante um bom trabalho, pelo contrário, um excesso desses elementos prejudicará o artigo, entre outros motivos, pelos listados a seguir.
- Fragmentam a leitura do artigo.
- O abuso desses elementos em vez de esclarecer certas informações pode escurecer o texto, dificultando a compreensão.
- Se não forem usados corretamente, pode haver redundância, pois muitas vezes esses elementos visuais repetem as informações que aparecem no texto.
Portanto, ao preparar nosso manuscrito para apresentar a uma revista científica, devemos não apenas levar em consideração as características e limites das imagens impostas por seus regulamentos, mas também devemos ser guiados pela coerência desses elementos e sua importância para a compreensão dos dados. Nesse sentido, usaremos os elementos visuais quando:
- Existem dados que precisam ser vistos pelo leitor em vez de apresentados como texto.
- Os dados não podem ser facilmente explicados no texto e precisam ser apresentados ou comparados usando uma tabela.
- Complemente o texto e não o repita.
Além disso, devemos considerar como um aspecto relevante a escolha do meio, ou seja, tabelas ou figuras que dependerão das informações que precisam ser apresentadas visualmente. Assim:
As tabelas são uma maneira eficaz e concisa de apresentar grandes quantidades de dados.
- As figuras – denominação sob a qual encontramos todos os outros elementos visuais que não são tabelas: ilustrações, infográficos, fotografias, gráficos de linhas ou barras, fluxogramas, desenhos, mapas etc. – em alguns casos (imagens, fotografias , ilustrações, infográficos …), ajudam os leitores a visualizar as informações que se pretende transmitir quando as palavras são insuficientes ou imprecisas para um artigo científico; enquanto em outros, transmitem grandes quantidades de dados e podem mostrar uma relação estatística ou funcional entre os diferentes elementos (gráficos); ou servem para explicar um processo (diagramas de fluxo).
Dessa forma, conseguiremos uma transmissão eficiente de informações, aproveitando cada idioma e evitando contradições e redundâncias.