Tradução: Lilian Ribeiro

Nesta última semana de junho, como todos os anos, foi publicado o novo Journal Citation Reports (o renomado JCR), que inclui a mais prestigiada e seleta lista de periódicos científicos do mundo e que serve como referência em muitos países para sancionar as contribuições de pesquisa mais originais e relevantes.

A “Master Journal List” deste ano tem 12.171 periódicos em todas as áreas do conhecimento de 83 países (embora seja evidente o viés do primeiro mundo anglófono, mas também de periódicos técnico-científicos versus os sociohumanistas). Em qualquer caso, é o produto de ciência de qualidade mais estabelecido, rigoroso e destacado do mundo.

Em relação à edição de 2018, 351 periódicos aumentaram e 33 foram expulsos por apresentarem alto índice de autocitação (auto), pervertendo sua posição natural na base. O crescimento médio do impacto tem sido de 9,41% e destaca-se também a crescente presença de revistas de “acesso aberto” com 1.658 revistas abertas. Além disso, 7.487 revistas já são híbridas, mesclando diferentes sistemas de acesso.

O ranking do JCR está integrado ao portal de ciências WoS (Web of Science), onde existem 42.500 “periódicos acadêmicos”, dos quais 15.000 estão em acesso aberto. Como portal, eles diagnosticaram e, portanto, monitoraram 13 mil revistas de “predadores”. Este ano eles processaram 3 milhões de “papers”.

O novo portal JCR dentro da Web of Science que a Clarivate Analytics, a empresa proprietária, apresenta mundialmente, oferece as famosas listas por áreas indexadas pelo seu reconhecido IF (fator de impacto) que gera a classificação delas em quartis (Q). Além disso, como novidade, as informações oferecidas por cada periódico foram notavelmente aprimoradas, proporcionando múltiplos dados sobre a evolução do cabeçalho, periódicos citantes, periódicos citados, índice de capacidade de resposta, fator de impacto consolidado … Todas essas informações são exclusivas e podem requerer uma senha de acesso, mas desde o ano passado o Clarivate permite o acesso a uma Lista Mestre pública com informações técnicas sobre cada periódico para saber se está em sua lista principal (JCR) ou em sua lista ESCI (Índice de Citação de Fontes Emergentes): https: //bit.ly/3dPk6XO.

A ciência espanhola está presente no famoso JCR com 131 periódicos (5 a mais que no ano anterior) com um simbólico 1.076% da base de dados (o que mostra que nosso tecido editorial científico está atrofiado). Desta lista de superseleção, apenas 14 periódicos estão posicionados no primeiro trimestre (apenas 10% dos espanhóis). Porém, aqui aumentamos em relação ao ano anterior, onde apenas 8 alcançaram esta posição mundial privilegiada.

‘Comunicar’ consolida sua liderança no Journal Citation Reports, como em anos anteriores. É a terceira revista espanhola no JCR em número de citações (do total das áreas) e a 7ª no ranking de 131. Portanto, está localizada no meio das 7 revistas que estão no clube JCR-Q1. Desde 2009, altura em que entrou nesta base de dados seletiva, ‘Comunicar’ tem subido posições, estando no primeiro trimestre desde 2015 nas duas áreas em que está integrado: “Comunicação” e “Educação”. Em ambas as áreas, a presença da ciência espanhola nas revistas científicas mundiais é amplamente liderada, sendo a única Q1 em “Comunicação” (13 de 92) e compartilhando, pela primeira vez, a liderança Q1 em “Educação” (22 de 263, top 8% mundial) com a revista espanhola “Educación XX1”.

O fator de impacto da ‘Comunicar’ na base (IF 3.375) é superior ao do ano anterior e o seu crescimento ao longo de todos estes anos tem sido sustentado e progressivo, com enorme consistência interna, paralelamente ao seu crescimento na Scopus.

Um grande ano novo para uma revista líder, que não se preocupa apenas com o impacto, mas também com a qualidade da ciência espanhola nas suas disciplinas, e que ratifica no JCR o que já foi publicado na Scopus (2ª revista mundial em Estudos Culturais este ano), SJR, REDIB, Google e FECYT.

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