Autor: Rafael Repiso – Tradução: Mirelle Freitas

O fenômeno das redes sociais acadêmicas jé tem vários del panorama científico. As redes acadêmicas personalizaram as características das plataformas sociais genéricas para adaptá-las ao contexto acadêmico, priorizando a produção científica como parte essencial do currículo dos indivíduos e permitindo o acesso geral. As redes sociais acadêmicas têm servido a dois propósitos principais. Em primeiro lugar, elas têm um propósito social, e permite que os acadêmicos se conectem virtualmente e interajam entre si. Em segundo lugar, servem como repositórios de trabalhos, pelo qual os autores aumentam a  visibilidade de seus trabalhos e os leitores adquirem uma via de acesso que é especialmente interessante quando o acesso aos trabalhos é pago. O que chama a atenção é que algumas redes como Academia.edu incorporam opções de pagamento para seus usuários. O propósito do presente texto é analisar as características da Academia Premium e suas vantagens.

Além das funções de conectividade e repositório de trabalhos, as redes sociais acadêmicas têm uma utilidade extra, funcionam como redes laborais, um Linkedin para professores que permite que as universidades acessem milhares de currículos para poder contratar. Isso é particularmente útil em sistemas universitários dinâmicos como o estadunidense, no qual o mercado de trabalho acadêmico se caracteriza por uma forte mobilidade dos professores e uma constante progressão, em que o êxito de una universidade se apoia em grande medida em departamentos de Recursos Humanos que sabem identificar e atrair os melhores professores a suas instituições. O curioso é que inscrição Premium que gerencia Academia.edu seja muito parecida, em suas opções, à versão paga da Linkedin.

Depois de pouco mais e um mês de teste da versão paga da Academia.edu (em 15 de maio ela não será renovada), chegou-se à conclusão de que é um produto interessante, com característica corretas, especialmente, não sendo especialmente dispendioso com quatro serviços de qualidade que podem ser úteis para o pesquisador.

Controle de Citação. Talvez o que o sistema tem de mais interessante é o controle exaustivo de citações que realiza sobre os documentos indexados na plataforma. Para isso, baseia-se na concordância de seu nome e sobrenomes, assim como com os títulos dos trabalhos que previamente foram incorporado a plataforma como autor, permitindo identificar um infinidade de documentos. Inicialmente, havia lido algum autor que declarava que identifica mais trabalhos que o Google Scholar. Minha experiência é que todos os trabalhos citado que me identificaram também haviam sido identificados no Google Scholar e que este reconhecia ainda mais citações.

Estatísticas de Visitas. A versão Premium de Academia nos mostra, por todo período de tempo que estivemos registrados, as estatísticas de visitas em detalhe. O que se visitou? Quando? E em relação às características do visitante podemos conhecer aspectos como de que países, cidades, universidades ou posições acadêmicas não estão visitando, bem como a origem das visitas (Google, Facebook, etc.). Isso nos permite estudar em detalhe o impacto que temos em general ou cada um de nossos trabalhos. Ademais, podemos descarregar no excel um conjunto de dados com todas as visitas desde que nos registramos pela primeira vez na Academia. No meu caso houve uma grande correlação entre os países que visitei (fisicamente) e as datas e os perfis que me visitaram.

Fig 1. Países de onde visitaram meu perfil

premium

Fig 2. Estatísticas Gerais para o último ano

premium1

Leitores. Os leitores são uma subseção de visitas que merecem um espaço extraordinário, a aplicação se faz assim. O que permite identificar individualmente com nome e sobrenome as pessoas que visitam seu perfil, sempre e quando o fazem, estando registrados na Academia. No meu caso, 22% das pessoas que visitaram meu perfil são contatos meus e cerca de 60% pertencem a minhas áreas temáticas. O habitual é que sejam os amigos os que te visitam frequentemente, são os que têm amizade, mas curiosamente também se encontra com outros colegas não tão afins que te visitam com certa frequência.

Fig 3. Meu colega e amigo Rafael Marfil é um dos que mais me visitaram.

Premium3

O grande problema das estatísticas de visitas e da identificação dos leitores é que para usuários como eu, que tem vários perfis acadêmicos (ResearchGate, Google Scholar Profile, Perfil Institucional) e página pessoal, Academia.edu não é mais que uma mostra do total das visitas e, portanto, apresenta uma visão incompleta em relação ao todo.

Espaço na Web Pessoal. Academia oferece uma página web pessoal, independentemente da instituição (https://rafaelrepiso.academia.edu/), dividida em quatro partes: Página Inicial (Home), Pesquisa, Currículo (CV) e Contato. Na primeira parte é apresentado um resumo dos usuários e as temáticas de especialização do usuário e sua filiação profissional. Depois vem uma parte que mostra toda a produção científica enviadas para a plataforma. Na parte do CV pode-se baixar o currículo em PDF que tenha sido enviado previamente pelo autor e a folha de contato é um serviço que permite enviar mensagens utilizando a plataforma, Academia como intermediadora.

Fig 4. Captura de minha Web Pessoal na Academia.edu.

premium4

Embora, pessoalmente, eu não vá continuar com o serviço, sobretudo porque tanta informação requer tempo e dedicação para consulta e análise e, além disso, em boa medida, esta informação é redundante em relação às estatísticas de visitas geradas da minha página pessoal. Eu recomendaria este serviço a aqueles que ainda não têm página web pessoal, pois o custo é parecido ao de hosting e um domínio anual, e o serviço oferece um grande controle sobre os visitantes de forma muito simples.

 

Entradas recientes