Tradução:Jenny De la Rosa
Google é uma poderosa base de dados na qual se encaixa tudo. Aí reside sua principal força, mas ao mesmo tempo é uma das suas debilidades. No âmbito acadêmico, Google Scholar é um navegador que reúne citações, links a livros e capítulos de livros, artigos de revistas científicas, comunicações e palestras em congressos, relatórios científico-técnicos, resenhas bibliográficas, trabalhos científicos e técnicos e diferentes modelos de documentos e arquivos que estejam publicados em repositórios (programas acadêmicos inclusive).
A visibilidade da produção científica é um fator em alta na academia. Daí que a ferramenta de Google Scholar (GSM) seja nestes momentos um recurso importante tanto para os pesquisadores como para as revistas, já que permite estabelecer o índice de impacto de autores e publicações científicas, a partir das citações que se hospedam em Google Scholar.
Junto a WoS (Web of Science) y Scopus, Google Scholar Metrics (GSM) é uma referência para posicionar pesquisadores e revistas nas distintas áreas de conhecimento. Cada uma destas bases de dados oferece indicadores e métricas que contribuem para a tão almejada visibilidade, com suas luzes e sombras.
WoS e Scopus dispõem dos padrões tradicionais mais prestigiosos e reconhecidos, com os quais se avaliam os fatores de impacto das revistas mediante a recontagem de citações (JCR, SJR). Curiosamente, SGM indexa mais que o dobro de revistas SJR (Scopus) e dez vezes mais que JCR (WoS)
Entretanto, vale a pena considerar que os filtros tanto em WOS como em Scopus são mais acadêmicos, que cada uma destas bases dispõe de diferentes padrões que estão se renovando com distintas periodicidades e novos produtos (ESCI em WoS e CiteScore em Scopus)
No caso do Google Scholar Metrics, se analisam as revistas e a produção científica de autores a partir dos índices bibliométricos h, calculados a partir do número de citações recebidas e a quantidade de produção científica de um pesquisador ou de uma revista, sempre aplicados a essa base de dados em seus cinco últimos anos (h5)=.
Contudo, o grande problema desta base é que toda indexação é automática sem filtros e assim, em muitas ocasiões se indexam documentos erróneos, ou autorias falsas e isto gera avaliações discutíveis. Não obstante, esta poderosa ferramenta facilita a busca de autores relevantes e sua classificação pelo h-index e o ranking de revistas por idioma, ordenadas pelo h-index.
GSM publica anualmente a lista das melhores revistas de todos os campos, segundo seu index h5. Também temos as melhores revistas em espanhol.
Podem-se fazer pesquisas para obter rankings, conhecer o h-index de uma revista procurando pelo título desde GSM e visualizar os artigos mais citados de cada revista clicando sobre seu index h5. Do mesmo jeito, o perfil de cada pesquisador permite ver seu h-index, assim como seu número total de citações, e sua posição no ranking na sua Universidade, ou na sua disciplina e os seus temas de trabalho.
Você pode ampliar esta informação em: Ayllón, J.M.; Martín-Martín, A.; Orduña-Malea, E.; Delgado López-Cózar, E. (2016). Indice h das revistas científicas espanholas segundo Google Scholar Metrics (2011-2015). EC3 Reports, 17. Granada, 27th July 2016.