Tradução:Jenny De la Rosa

No panorama atual de métricas que medem nossa produção científica, as tradicionais e as alternativas, resulta confuso e, em ocasiões, angustiante poder interpretar ou conhecer tantos índices e indicadores que mensuram e justificam a valoração da produção acadêmica. É por este motivo que hoje dedicamos este post aos índices de valoração de revistas científicas Eigenfactor.

Em 2007 dois acadêmicos da Universidade de Washington, Jevin West e Carl Bergstrom, criaram um modo alternativo de avaliar o impacto das revistas científicas: EigenfactorTMMetrics.

A pontuação Eigenfactor valora a importância relativa de uma publicação para a comunidade científica, de forma que as somatórias das pontuações de todas as revistas somam 100; porém, esta pontuação está influenciada pelo tamanho de uma publicação medida por o número de artigos anuais publicados (uma revista que duplica o número de artigos que publica, duplica igualmente sua pontuação Eigenfactor).

Einge1

O Projeto Eighenfactor oferece dois índices diferentes:

  • Eigenfactor Score: Baseado no número de vezes que os artigos publicados nos cinco anos anteriores foram citados no presente ano. A diferença essencial com outros, além dos anos, é:
    • Considera as citações tanto das ciências quanto das ciências sociais.
    • Elimina as autocitações (as citações dentro da própria revista)
    • Outorga mais valor às citações que aparecem nas revistas mais importantes.
  • Article Influence Score: Consegue-se a partir do Eigenfactor, mensurando a influência dos artigos de uma revista nos próximos cinco anos, dividindo o Eigenfactor entre a quantidade de artigos publicados. Os dois índices são incluídos entre as prestações do ISI Reuters (JCR), com a ideia de não considerar só o FI (fator de impacto) como único padrão da medida da qualidade científica, pelo que estão incluídos no repertório das métricas que a ISI Web of Science oferece.

Einge2

A ideia que motiva esta medição é que não somente importa quanto se cita a uma revista, se não quem e como o faz. Dessa forma não tem o mesmo valor uma autocitação (dentro da própria revista), que uma citação em uma revista sem impacto ou uma citação em uma revista das mais citadas do mundo.

Na prática esta diferenciação se consegue com a criação de redes de relação de disciplinas mediante vínculos, as revistas com mais vínculos alcançam mais valor e esse valor se mensura nas citações que emite já que identifica se uma revista tem mais peso na rede ou menos. Trata-se em definitiva de um indicador de rede que desenha um mapa de relações entre disciplinas que acrescenta informação significativa complementando o IF da revista.

Einge3

Bergstrom C. (2007). Eigenfactor: Measuring the value and prestige of academic journals. C&RL News, May 2007, 314-316. Disponível em: http://crln.acrl.org/index.php/crlnews/article/view/7804

Entradas recientes