Tradução:Julieti-Sussi de Oliveira

Falar de revistas científicas na Universidade hoje em dia é um tema imprescindível, devido a relevância que tem para qualquer pesquisador difundir e publicar o resultado das suas pesquisas em uma publicação de qualidade se o que busca é que o seu trabalho tenha visibilidade e reconhecimento acadêmico.

É impressionante constatar que em um ambiente universitário e acadêmico existe um grande desconhecimento entre os professores universitários (até mesmo com suposições falsas) sobre as revistas de qualidade, a importância da sua gestão editorial, seus índices de visibilidades e índices de impacto na comunidade científica.

Um dos pontos confusos e muitas vezes mal compreendido são as indexações e a sua classificação em quartil, um modo simples de estabelecer uma hierarquia entre as revistas nos principais índices do mundo em função do lugar em que se posicionam.

As revistas Q1 são as que ostentam os mais altos postos e portanto são as que recebem mais reconhecimento e fama em suas classificações porque no ano da sua avaliação obtiveram as melhores e mais numerosas referências de suas publicações.

No entanto, poucas revistas tem a possibilidade de alcançar esses níveis de excelência internacional, ainda mais se a revista publica fora dos padrões técnicos-científicos anglo-saxões, já que a língua franca com grande diferença é o inglês e os estudos técnico-sanitários são os mais fortes a nível internacional.

No Journal Citations Reports ( Clarivate Analytis), o índice com a melhor reputação a nível mundial conta esse ano com 123 revistas espanholas, das quais somente 5 tem a honra de ser JCR-Q1: 1. Emergencias (Salud), 2. European Journal of Psychology Applied to Legal Context (Psicología), 3. COMUNICAR (Comunicación / Educación), 4. Revista Matemática Complutense; 5. European Journal for Philosophy of Science. Sem nenhuma dúvida, estas são as revistas top da ciência espanhola. Entre elas  “Comunicar” é a única revista em Ciências Sociais que mantém seu status neste grupo seleto.

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Scopus, a segunda base de dados de alta reputação internacional conta com dois indicadores: o CiteScore e o SJR ( Scimago Journal Raking). Este portal conta atualmente com 514 revistas espanholas das 28.606 que encontra-se na sua base de dados em 2016 (somente 1,79% são espanholes, um número bem reduzido do potencial da ciência do nosso país). Das quais só 5,25% são SJR-Q1, 27 revistas no total, isto significa que somente 0,094% das revistas Scopus SJR-Q1 do mundo são espanholas, uma porcentagem realmente baixa e significativa do tecido editorial científico do nosso país, que precisa do apoio das administrações e da comunidade científica .

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Em SJR-Q1 “Comunicar” alcança o 7º posto entre as 27 participantes e é a única que mantém o Q1 em três áreas diferentes: Comunicação Q1, Educação Q1, e Estudos Culturais Q1.

Em resumo, nosso país deve seguir lutando para posicionar sua ciência nas revistas visíveis e de impacto no mundo. A Administração Pública, as Universidades, e a comunidade de pesquisadores espanhóis tem muito a dizer… e a fazer ainda.

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