Autor: Ignacio Aguaded |Â marzo 19 2023
Tradução: Vanessa Matos
https://doi.org/10.3916/escuela-de-autores-186
Uma das ‘chaves’ do sucesso dos artigos cientÃficos na era da Internet tem sido a sua capacidade de se adaptar a um mundo repleto de informação, de excesso informacional, chegando facilmente a todos os cantos, de forma fácil e direta. O livro, infelizmente, permaneceu no mundo analógico como objeto material e não avançou nesse caminho.
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Precisamente com relação à esta disponibilidade e acessibilidade, é importante ressaltar que a projeção de um artigo tem muito a ver com a sua natureza estritamente digital (embora o artigo também existisse anteriormente no mundo analógico) e com os chamados ‘metadados’, aquela informação que nos fornece dados bibliográficos do obras como autoria, tÃtulo do artigo, ano de copyright e data de publicação; bem como material descritivo como palavras-chave e resumos; ou qualquer outro tipo de identificação de item. Com esse procedimento, os artigos são rapidamente identificados no mundo infinito da supersaturação de informações da Internet e são localizáveis ​​no tempo e no espaço de forma simples e fácil.
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De todas essas informações, as ‘palavras-chave’, também chamadas de ‘descritores’ (ou mais comumente, com seu termo em inglês; ‘Keywords’, uma palavra unida e não separada) são as mais essenciais como motores de busca em grandes bases de dados para localizar trabalhos em milhares de periódicos com base nesses termos de identificação do trabalho.
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As revistas cientÃficas de alto nÃvel dão grande importância à s palavras-chave de um trabalho, pois se estas forem bem escritas, a localização de um manuscrito cientÃfico fica muito facilitada. Assim, os autores devem fazer todos os esforços para localizar as palavras mais relevantes para o seu trabalho, evitando o termo curinga fácil ou simplesmente copiando as palavras já utilizadas no tÃtulo.
A precisão das palavras-chave aumenta significativamente o acesso e consequentemente as leituras da obra no cenário de um universo de milhões de dados em que transitamos.
Com o tempo, esse contexto levou o mundo acadêmico ao uso de thesaurus, que, como descreve a UNESCO, seriam ‘uma lista controlada e estruturada de termos para análise temática e busca de documentos e publicações em diferentes áreas’ (https://bit.ly /3YTA76B). Mas o problema com este tipo de instrumento é que o mundo muda a um ritmo rápido e, enquanto surgem centenas de milhares de novas realidades, outras também se tornam obsoletas e fora de uso. As listas fixas já não são capazes de captar uma realidade tão mutável e algumas revistas promovem listas dinâmicas, cujos neologismos estão na ordem do dia como tecnicalidades necessárias para cobrir novas realidades.
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Em suma, os potenciais autores devem ter muito cuidado com as ‘palavras-chave’ ao escrever os seus trabalhos, procurando aqueles termos que lhes permitam dar singularidade e especificidade aos seus manuscritos, para além dos termos utilizados no tÃtulo, evitando termos generalistas, polissêmicos, ambÃguos e palavras localistas. Caso exista um thesaurus que possa trazer mais esclarecimento ao tema em estudo a ser publicado, é aconselhável utilizar termos já consagrados. Isso não limita, no entanto, que novas realidades, invenções e descobertas sejam incorporadas à ciência. Os neologismos têm aqui o seu espaço sagrado.