As indexações em periódicos científicos é hoje o fator externo que mede a qualidade das publicações. É claro que qualidade é um conceito muito mais complexo e global do que o impacto médio nas citações, e este último deve ser exclusivamente consequência de um rigoroso processo de seleção dos melhores artigos e da implementação de processos de alta visibilidade.

Os famosos rankings, colocados ainda mais na moda com o big data, permitem posicionar os periódicos de acordo com seus quartis, decis e até percentis, com base exclusivamente no número de citações recebidas por trabalhos publicados em outras publicações, em um curto período de tempo variando de dois a três anos (dependendo do WoS ou Scopus).

O Scimago acaba de lançar seu Scimago Journal Rank (SJR), o primeiro índice internacional de certa reputação a ser lançado em 2020. Seu portal altamente visual classifica 30.981 periódicos e anais (extraído dos mais de 40.000 que o Scopus contém) , com seus quartis correspondentes, respeitando basicamente suas áreas de conhecimento e regiões / países (https://bit.ly/2NdcOlR). Este índice é tão popular (devido ao seu acesso gratuito e sua página intuitiva) que muitos pesquisadores (e até avaliadores) o identificam erroneamente com o índice Scopus (https://doi.org/10.3916/club-de-editores-008) . Desde 2017, a Scopus tem sua ferramenta oficial de medição de periódicos em seu próprio portal Scopus Preview, o CiteScore: https://bit.ly/30YWbCr.

O SJR também possui um ranking que oferece informações agregadas por países (https://bit.ly/312In9U), classificando-os de acordo com a quantidade de documentos publicados nas revistas indexadas no portal.

Os resultados do SJR-2019 estão rotineiramente à frente da indexação esperada da Scopus, como aconteceu este ano. São 659 periódicos indexados da Espanha em 2019, um simbólico pouco mais de 2% da base global, que abriga quase 31.000 periódicos e anais de todo o mundo, especialmente de âmbito anglo-saxônico.

Na área de «Educação» são indexadas 61 revistas espanholas, quase 10% das hispânicas (https://bit.ly/2BsA5NG), sendo «Comunicar» a revista que melhor consolida sua posição de liderança, sendo a primeira, dos únicos três Q1s que aparecem no ranking, com um acumulado de 432 citações que mais que dobraram o segundo, com um SJR de 1.092. É significativo notar, em geral, o baixo impacto de nossos periódicos, visto que a proporção de periódicos de alto impacto (Q1) é muito insignificante e irrelevante, se comparada aos muitos Q4.

Na área de «Estudos Culturais», este ano, 50 periódicos espanhóis de várias áreas estão indexados agrupados nesta seção diversa (https://bit.ly/2YMkkcE). A “Comunicar” também reforça sua posição de liderança como a primeira revista Q1, com 6 Q1s espanholas nesta base.

Por fim, a revista «Comunicar» está presente em uma terceira base, no campo da «Comunicação» (https://bit.ly/3ejq2cA), com 21 revistas indexadas, onde este ano, pela primeira vez em muitas, não ocupa o primeiro lugar, senão o segundo, sendo “Review of Communication Research”, uma incipiente revista em inglês, que lidera a posição com alguns dados escassos: 5 artigos indexados e 20 citações recebidas, evidenciando o sistema bibliométrico uma de suas principais deficiências na aplicação quantitativa, sem um mínimo de contraste. Porém, a correta interpretação dos dados permite observar que a “Comunicar” mantém nesta indexação a força de sua posição em todos os indicadores exceto no índice SJR opaco: H-32, 432 citações e 120 documentos publicados nos últimos três anos , em uma constante de 40 documentos por ano.

Tradução: Lilian Ribeiro

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