Tradução: Jenny De la Rosa
A elaboração de um artigo científico, paper, se baseia em três pilares fundamentais: ler, pesquisar e difundir. O sucesso da escrita científica reside em determinar o que ler, quando, quanto e onde; determinar de forma objetiva o problema de pesquisa, a solução e a originalidade de nossa contribuição; e finalmente, difundir a relevância e originalidade de nosso trabalho.
Para que isto aconteça é fundamental o acesso à informação. Porém, hoje em dia pode ser muito complicado, pela grande quantidade disponível e porque os princípios de busca para a coleta de dados sofreram mudanças.
Quanto à hiper-informação, que pode devir em infoxicação ou desinformação, a chave é ter uma bússola. Isto é, uma ideia clara do que pretendemos coletar e onde fazê-lo. A respeito dos fundamentos de busca, a facilidade de acesso a Internet não é uma carta branca e não é informação válida tudo o que está na Rede.
Apresentamos uma série de dicas para não nos perdermos procurando informação.
- O acesso à informação se faz, na maioria dos casos, mediante bases de dados, sites de revistas, catálogos de bibliotecas, ou mediante Internet.
- Considerando o nosso tema de trabalho, cabe estruturá-lo em uma serie de conceitos, palavras chave em espanhol e em inglês, e organizá-los de diferentes formas.
- Já que aspiramos escrever um artigo científico, o melhor é ir às revistas que são a fonte do âmbito temático no qual trabalhamos: publicações acadêmicas, arbitradas, scholarly, peer reviewed, etc.
- Em primeiro lugar selecionamos as mais potentes, as de mais impacto em nosso campo, procurando linhas, tendências, experiências, estados da arte, afins ou contrários que permitam situar nossa pesquisa.
- A primeira linha de acesso deve ser a Web of Science que permite ingressar a revistas indexadas em JCR. Uma fração do que encontremos aqui pode gerar bastante informação, que depois se deve crivar.
- Em última instância, e como complemento, pode se usar Google Académico ou Dialnet. Estes acessos nos situam diante de informações de distinta importância e não sempre arbitradas.
- O ingresso à informação deve ser sobre a fonte primária, sempre que seja possível, pois pode acontecer que se citem referências a textos que tenham sido mal copiados ou mal citados.