Tradução: Mirelle S. Freitas
Um dos grandes problemas dos pesquisadores novos se fundamenta principalmente na falta de leitura de outras pesquisas. Não em vão, a maioria das revistas cientÃficas do campo das Ciências Sociais exigem que os textos contenham um marco teórico, ou estado da arte, na introdução, que permita não apenas contextualizar os leitores sobre o tratamento acadêmico que o problema de investigação e seus antecedentes tiveram, mas também para evidenciar ante os revisores que o autor do artigo revisou com pertinência, idoneidade, profundidade e suficiência as pesquisas relativas ao âmbito do estudo.
“O que começa mal, acaba mal†(EurÃpides).
Precisamos lembrar que escrever um artigo cientÃfico é a fase final de um processo de pesquisa (divulgação), sendo errôneo pensar que não é necessário ler “para fazer um artigoâ€. Ler deve ser o passo inicial inclusive para determinar o objeto de estudo, em outras palavras, antes de decidir o problema de pesquisa, levando sempre em consideração que uma pesquisa busca trazer um conhecimento novo. Neste sentido, é impossÃvel conhecer sobre a originalidade de nossa pesquisa, seus limites e antecedentes sem que tenhamos feito previamente análise exaustiva do tratamento que tem tido o problema o qual se deseja tratar.
Evidentemente, a revisão da literatura cientÃfica deve ser formulada desde os Ãndices de alto impacto (JCR), médio impacto (Scopus/Scimago), de forma descendente até as bases de dados, repositórios de menos impacto de Open Access (Latindex, Dialnet, Google Scholar), livros, resumos de congressos não indexados etc; nunca o contrário. Devemos recordar que os Ãndices de alto e médio impacto nos garantem produtos de maior qualidade – basicamente por seus padrões de revisão e atualização –, o que repercutirá diretamente na qualidade de nossa leitura, alcance da pesquisa e sua divulgação.